quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Curta Metragem On Line · Curta-metragem de Rancharia conta história de amor fúnebre


Humor negro é tema do filme do diretor e roteirista João Francisco Cunha.
Película têm figurinos e objetos dos anos 80 e está em pós-produção.

Gravações terminaram e, agora, filme está em fase de pós-produção (Foto: Vanderlei S. Alves/Acervo Pessoal)

Um funcionário de uma funerária que se apaixona por um jovem gótica que morre. Este é o enredo central do curta-metragem “Flerte Fúnebre”, filmado em Rancharia pelo diretor e roteirista João Francisco Cunha. No filme, nem mesmo a morte é capaz de acabar com o amor entre os personagens. As gravações terminaram na semana passada, depois de quase 60 dias.

O humor negro é o tema principal da película, que se passa na década de 80, o que tornou as dificuldades de se fazer cinema no interior do Estado de São Paulo ainda maiores, pois, de acordo com Cunha, encontrar figurinos e carros da época deu trabalho.

“Outra dificuldade, a princípio, foi montar a equipe. Como não temos faculdade de cinema na região, eu tive que explicar o que eu sabia para eles”, conta. Participaram das gravações, 14 pessoas, entre atores e equipe técnica.
Na história, agente funerário se apaixona por gótica
que morre logo após se conhecerem
(Foto: Vanderlei S. Alves/Acervo Pessoal)

Outro empecilho foi o dinheiro, pois, segundo o diretor, não são todas as empresas que apoiam a produção de filmes. “É difícil conseguir apoio. Temos a prefeitura como parceira, mas ainda precisamos correr atrás de outros locais que possam nos oferecer algum auxílio”, afirma.

Com a conclusão das filmagens, que ocorreram em funerárias e no cemitério de Rancharia, agora, será feita a parte de edição e trilha musical. “As edições serão feitas em Presidente Prudente junto com um amigo meu. Depois colocaremos as músicas nas cenas. Eu precisei batalhar para conseguir os direitos autoriais de uma música especifica que combina muito com uma das cenas do curta. Ainda bem que deu certo”, comemora, mantendo o suspense.

Ainda segundo Cunha, a gravação do curta foi marcada por momentos curiosos e engraçados. “Nas cenas noturnas no cemitério, nós tivemos alguns momentos complicados. Em uma delas, muitas baratas voadoras apareceram na locação e, como a atriz tem medo, várias vezes tivemos que parar de gravar. Outra dificuldade era fazer a luz ficar semelhante ao luar. Além disso, quando conseguíamos a luz adequada, um carro de som alto passava e atrapalhava a cena”, conta.
Humor negro, segundo o diretor, é o tema principal
do curta-metragem (Foto: Vanderlei S. Alves/Acervo
Pessoal)

O filme está previsto para ficar pronto no final de janeiro e a expectativa é inscrever “Flerte Fúnebre” em pelo menos 12 festivais nacionais e internacionais, como antecipa Cunha, que já teve “Cine Cabana” premiado pelo Ministério da Cultura e recebeu R$ 60 mil, além de “O Passeio”, vencedor do Salão Duas Rodas.

“O filme vai ser, na verdade, uma grande surpresa. Nós usamos muita coisa diferente, quanto as roupas, cenografias e até o tema abordado. Espero surpreender nas mostras”.

A história
Igor trabalha em uma funerária e, em um dia comum de trabalho, encontra Karen, uma jovem gótica que foi até o local para observar caixões. Ele se apaixona por ela e, após alguns dias, seu chefe diz que ele terá que preparar um cadáver. Quando o jovem olha, é a gótica pela qual se apaixonou.

A partir daí, a obsessão pela garota faz Igor ir até o cemitério para desenterrá-la e roubar seu corpo. Mas o coveiro e a polícia descobrem o plano e a história continua.



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